Recentemente eu recebi uma mensagem da Val, que me relatou sua experiência com o autismo, ela escreveu assim pra mim:
Suyanne, gostaria de compartilhar algo que aconteceu comigo, quando o youtube sugeriu seu vídeo sobre o autismo eu tive curiosidade de saber, qual seria a visão espiritual em relação ao autismo e confesso que fiquei surpresa, jamais tinha pensado dessa maneira.
Me chamo Val, tenho 48 anos e tenho um casal de autistas, uma menina de 11 anos e um menino de 9 e posso dizer que minha vida até então não estava sendo nada fácil, desde o momento em que recebi o diagnóstico minha vida se transformou, eu passei por várias fases, a fase da revolta, onde eu me perguntava por que isso está acontecendo comigo até a fase que estou agora, que é uma fase de entendimento.
E quando assisti seu vídeo, algo dentro de mim ressoou com o que você dizia, embora eu não tenha religião, não sigo nenhuma doutrina religiosa, mas acredito em uma força superior.
E posso dizer que não foi uma fase muito fácil, passei por momentos muito desafiadores, onde tive que sair dos lugares porque meus filhos não conseguiam se socializar, já em outros lugares o barulho os incomodavam muito, fora as visitas que chegavam na minha casa e eles rejeitavam qualquer tipo de contato, e com isso recebi muitas críticas das pessoas me dizendo até que eu deveria bater para educar, nossa, foi uma fase muito, mas muito desafiadora, e hoje eu consigo compreender muita coisa, que antes eu não compreendia, como por exemplo: não me preocupar com o que os outros vão pensar ou falar, antes isso pra mim era impossível, eu sempre fui uma pessoa extremamente preocupada com a opnião das pessoas e com o convívio com os meus filhos isso mudou, hoje eu já não me preocupo com o que vão falar ou pensar sobre meus filhos, o importante é eles estarem bem, e sobre eles não brincarem com outras crianças, eu também entendo, já que muitas vezes eu também tive vontade de não conversar com certas pessoas, mas por educação eu fui obrigada, e na escola, eles não conseguem acompanhar o mesmo ritimo da turma, mas eu também não estou preocupada com isso, porque pra mim, o mais importante é verem eles felizes e tranquilos, pois acredito que ter diploma não garante que a pessoa seja feliz e rico.
Estou relatando um pouco da minha experiência pra você, porque sei que muitas mãezinhas assim como eu, podem estar passando pelo o mesmo que eu passei, e por isso eu quis compartilhar, gratidão pelo seu vídeo, pois eu me sinto exatamente como você disse, uma abençoada, por ter dois diamantes que vieram para me mostrar o quão linda é a vida se for vivida fora da caixa imposta pela sociedade.
Com carinho Val
Fiquei tão feliz com o relato da Val, e muito, muito grata por ela ter compartilhado a história dela em prol de outras famílias, espero de coração que o relato dela possa ajudar.
Eu também, recebi a mensagem do Vini e ele me disse assim: “Suyanne, como uma família com condições precárias de educação e de finanças pode ter esse insight de mudança? Tem uma criança que parece que não quer estar viva por ter tanta agressividade consigo mesmo e com a própria família. Parece que a vida deles é um fardo. Preciso desfazer meus preconceitos em relação a esse transtorno.
E minha resposta foi:
Vini, eu compreendo seu questionamento e também acho realmente desafiador a mudança espiritual de uma família nessas condições, nesse caso, você pode ajudar praticando o ho’oponopono pra eles, se você não conhece essa prática, ela é uma prática havaiana milenar, sem cunho religioso, de limpeza de memórias e emoções negativas, que remove toda sujeira que nos atrapalha de receber as inspirações de Deus, da nossa Centelha Divina
E você pode praticar para eles da seguinte forma:
Família abençoada, sinto muito, me perdoe, sou grato, eu te amo
Ou pode praticar para o sentimento que estiver sentindo em relação a eles, dizendo as frases:
Sentimento abençoado, sinto muito, me perdoe, sou grato, eu te amo.
E essa recomendação eu faço para todos que estiverem passando por situações de revolta, incompreensão, desespero em relação ao autismo, essa prática vai ajudar na limpeza de tabus, preconceitos e todo tipo de ignorância sobre o assunto e vai permitir mais tranquilidade no processo.
E a prática pode ser feita assim:
Autismo abençoado, sinto muito, me perdoe, sou grato, eu te amo.
Faça 108 repetições, mas caso não consiga, comece devagar, repetindo o máximo de vezes que conseguir. E na medida que vão surgindo sentimentos como revolta, desespero, raiva, faça direto ao ponto: revolta abençoada, sinto muito, me perdoe, sou grata, eu te amo, e vai repetindo até se sentir mais leve, em paz.